A Associação de Acionistas Éticos da Alemanha, uma das principais entidades empresariais do país, divulgou uma nota alertando as multinacionais filiadas: não repitam erros do passado, quando apoiaram a ditadura militar no Brasil, e não invistam em um Brasil fascista.
O crescimento da ameaça fascista no #Brasil, representada pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), tem assustado a Europa. Um aviso importante foi dado pela Associação de Acionistas Éticos da Alemanha, entidade cujos membros usam ações de empresas registradas no índice alemão de ações para incentivar posições a favor dos direitos humanos e da proteção ambiental.
A organização classificou a candidatura de Bolsonaro como “fascista” e está exigindo que as empresas alemãs adotem uma posição mais firme contra a Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil, cujo presidente Robson Andrade, tem dado declarações de apoio à candidatura de Bolsonaro.
O alerta quanto aos riscos da candidatura de #Bolsonaro foi publicado pela empresa pública de informação alemã Deutsche Welle, uma das maiores da Europa, que entrevistou Christian Russau, membro do conselho da associação.
“É inacreditável: parece que os empresários estão preocupados apenas com negócios e lucros e sem interesse em valores democráticos e respeito pelas minorias. Não se deve tratar levemente a democracia e a ditadura,” disse Russau.
E mais: “Ninguém pode fingir que não viu nada e permitir que tais eventos aconteçam. Caso contrário, nos encontraremos de repente em uma era pré-fascista”, afirmou.
Russau lembrou ainda que empresas alemãs apoiaram a ditadura militar brasileira e obtiveram altos lucros no período.